quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Reinventos, coleções

Por que assim?
Todas as ansiedades
Ao mesmo tempo
Virou doença
Queimação
Aquilo que ferve os sentidos
Evapora qualquer razão
Com qual canção?
Eu quero aprender
Levitação
Pois é, senão
Pico
Alto
Galho
Quebra
Vida de hesitação
Angustiado
Reinventado
Palavras também não são as mesmas
Nem nós
Palavras por favor
Cartas na mesa

Quero me afastar com calma da arrebentação
Criar uma estratégia que não seja uma ilusão
Sentir menos o peito e ter como sair
Olhar além do mais, um menos é talvez
Quero tantos e todos sentidos sujeitos a guincho
Quero atenção
Subo na cadeira, hasteio uma bandeira
Supro um desespero com outro
E então mais um

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

E se eu quiser captar esse momento?

O que será que ta mudando?
Essa impressão
Esse pressentimento

Catando meus quebrados
Cacos
Caídos
Do chão reerguendo
Recolando
Super bonder
Cola tudo
Tira mancha
Tira grude
Tira o que quiser que mude
Soltos
Gritos
Ais de uis
Voz de música
Voz de backing vocal
Um ahh uhh longo
De fundo
Bonitinho
Decorativo

Passa o tempo tudo
Passa uma noção de futuro
Que difícil
Que duro

Saltando da realidade pra vontade
Nem dá pra ter sonho assim real
Não tem cachaça
Não tem ópio
Nada pra esconder
Científico
Verídico
Careta
Passos lentos na subida
Escada, ladeira
Não tem topo
Se eu não topo
Uma parada
Tá ligado

Um pânico
Um medo
Uma coragem
Uma miragem
Um tempo
Um pensamento
Um reagendamento
Um zen-budismo
Uma fuga de Stravinski
Um poema de Leminski
Um sorveteiro
Um espelho
Refletindo uma imagem que não se sabe ser dessa dimensão

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Zero

Também
Pra lá de princípio
Incauto
Incrédulo
De quem domina tudo
De quem não crê
Que é com você
Em tão pouco espaço de tempo
Se percebe
Uma compreensão
Que se dá
Tava ali, mas...
Bem-vindo aos normais!
Favor limpar os pés antes de entrar
Nenhum privilégio
Nenhuma força
Nenhuma coisa nenhuma
Falar pra boi dormir
Dar pra receber
Ou com a barriga levar
Atenção
Ao pare
À contramão
Distração
É preço pago
Tem de azedo
Um gosto ruim
Recobrando sentidos
Remindo os deslizes
Roendo com a infância
Rumando
Zerando
Serve pra acordar




sábado, 29 de novembro de 2014

É muito amor (pra que tantos dias sem você?)

Falta um tempão
Pra eu achar a minha mão
Na tua mão
Pra eu ver em minha frente
A inspiração
Pra você ser novamente o meu amor
Mas, por favor
Se achar que tempo inteiro
Não é solução
Vamos resolver primeiro
Essa questão
Vamos encontrar uma forma de poder
Se ver
E olhar
No seus olhos que me fazem levitar
De maneira que eu possa mergulhar
Nesse azul de céu que me leva a você
São mais mil coisas que eu posso escrever
E a mais óbvia de todas é
I S2 you
Mas não faz mal
Com você eu pularia até o Natal
E pulando já seria Carnaval
Mas daí eu voltaria para cá
Onde o tempo passa lerdo, devagar
Pra acabar
Tudo bem
É muito amor




domingo, 21 de setembro de 2014

Amor eterno

Por que não começar com poesia?
O dia com alegria, a vida com a garantia
De sentir-se em harmonia
Presente em paz
Ausente de angústia
Contente a esperança faz
Por que não começar cantando?
Ouvindo
Falando
Por que não dizer eu te amo?
Não ser
Não estar
Não comer, rezar, amar
Fosse real ainda seria inacreditável
Aqueles olhos abrindo
Olhos juvenis
Os seu olhos
Cumprindo sua função
No desenho do seu rosto
Seus olhos o despertando
Do seu sono, do seu sonho
Do seu universo paralelo
Do seu contato
Extra e intra terrestre
Qual é a aposta?
O que devo fazer?
Se eu quero que a vida nos dê
A graça, o elo, o poder
Para ter, como podemos dizer
Amor eterno

sábado, 13 de setembro de 2014

Vem logo...

Entrei sem bater
Cê não precisa
Nem bater também
Ta tudo aberto
Pode chegar
Corre pra cá
Me dá um beijo
Um cheiro
E me diz se há
Amor
De encontro, ato, fato
Trato, de contato
Amor
De vida inteira, de primeira
Sem coisa passageira
Amor
Tão viciante
Um bom montante
Desse teu
Amor
De tudo junto recorrente
Corpo, pele
Escova de dente
Amor, amor, amor



sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Se não venho
Esqueço
Não me culpo
O preço
Já não
Reconheço
Será que já vi?
Sempre me interesso
No fim
Meio e começo
Tudo por um terço
Do que eu realmente vim
Na tristeza o choro
Tem mais poema inteiro
O feliz solfejo
Não inspira tanto
Mas se eu me pergunto
O que prefiro
Eu vejo
Que a felicidade
Impõe também seu preço
Cria de mim
Aprende um olhar
Enxerga em volta
Do teu próprio céu
Aprende um olhar
Reaprende esse olhar
Que só tem e pode ganhar

terça-feira, 29 de julho de 2014

Ponha o título que quiser

Tanto quanto sei
Mas nem mesmo eu
Sei o quanto dói
Sentir assim
São tantas memórias
São tantos desejos
Que o que dissolve
Espanta
Mas era solúvel?
Se pergunta às tantas
Tanto quanto sabe
Até onde ouviu
A palavra
Quatro letras
Existiu?
Tanto horror pensar
Tanta lágrima que não escorre mais
Muita vida pra levar
Não são dores fatais
Até que o passo
Entre o pescoço e o laço
Não seja algum fracasso
Mas resultado do colapso
Que subentende essa dor
Porém, não se sucumbe assim
Ter dor não é tão ruim
Uma hora ela nos faz crescer
Se ao menos fosse gesto
Aceno, música, piscar d'olhos
Mas, não
Não requer mais solução
Esse aperto requer tempo
Mas a gente não sabe disso agora
Só vai saber amanhã
Por enquanto, é história pra boi dormir

terça-feira, 22 de julho de 2014

Minhas palavras numa manhã de amor

Paro
E pronto
Penso
Me pulso inteiro
Meu mundo
O meio
O marco zero
O tempo estreito
Pulmão direito
Respira fundo
E ignora
O que não é
Meu mundo
Não é seu mundo
Nem nosso mundo
Que é oriundo
Desse imenso amor
Hoje parei pensei
Pronto falei
Que do seu lado eu sempre estarei
Serei escudo
E é tudo
Nunca
Quero perder
O teu olhar
Mesmo que isso
Custe o que custar
Rincão profundo


Só não quero terminar com eu te amo
Pois te amar é te amar sem ser verbal
Eu não quero recorrer as rimas lindas
Quero permanecer no espaço lindo do teu ideal


Minhas palavras numa manhã de amor
Não são palavras
Mas também não é flor
Minhas palavras
Pontes que eu quero ter
Entre o que eu sou
E o que é você
Vai bem
Vou bem
E o que a gente tem
Somente a gente tem
Juntar também
Que o pouco e o pouco
Muito contém

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Ácido ou sono?

Pode
Parte dessa parte
Uma virtude assombrosa
De vestido e duvidosa
Ser uma sincera espécie de mim
Corre pelo corredor
Corre a mão pelo corrimão
Tem escada, tem perigo
Cabeça e sentença
Presença, choro, gozo
Parando pra pensar
O meio fio é espaçoso
Acrescente coragem
Vinda dali
De longe
Reli
Aquela antiga carta
Não são cartas
Elas são cartas azuis
Atinjo
Mais nem mesmo
Sou capaz
Olhando no espelho
Minha sombra me diz mais
Espaço em branco
Ou em preto
O pb tem mais conceito
Temo respeito
Temo dinheiro
Temo com o temor
E o temo pode ser
Pode ter
Pode ser ter
Pisei em ovos pro teu sono não interromper
O chão foi inevitável não sujar
O chão foi inventado pra pisar
O chão foi feito assim pra se cair, se levantar


terça-feira, 27 de maio de 2014

Duzentos

Ventos
Momentos
Tormentos
Unguentos
Talentos
Fomentos
Proventos
Atentos
Lentos
Contentos
Sofrimentos
Corrimentos
Sortimentos
Movimentos
Cataventos
Polimentos
Assanhamentos
Divertimentos
Crescimentos
POEMA
Duzentos

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Pastiche de alguma coisa

Bando
Que dissolve
Em punho
Muito de costume
Não se atire
Ou mude
Vinho e desmazelo
Provo-te primeiro
Nem em pensamento
Vento
Vai e vem de longe
Traz o que se esconde
Perto desespero
Nem mais ver
Pelejo
Resto
Culpa
Ou carapuça
Fuça
Na tua fuça
Russa situação
No penhasco
O pé encrava
Movido baixo e cima
Mentira
Não tem rima
Não é cisma
É de fato um riacho
Profundo
Vai se transformando
Até ganhar o mundo
Tua queda
Meu desfiladeiro
Alguma coisa muda
Quando altera este ponteiro
Releio, releio, releio
E saio pra um passeio
Procuro no teu bolso
Mas só acho um tiroteio
Não veio, não veio
Bora andar
Prefiro a voz com lama
Do que não te ouvir falar

sexta-feira, 23 de maio de 2014

praticarpalavraspraentenderalteridade

palavrasquenãocabemmaisdentrodeumcontextoquenãocabemmaisdentrodeumpeitoquenãocabemmaisdentrodeumavírrgulaquenãocabemmaisdentrodemimsaltamrevoltasprabuscarfelicidadeedeverdadeeujáacheivocênãoqueromaisquererbemmaissóqueromaisquererteversaberquevocêtambémquerviverdeestardoladoassimjuntandooqueébomemnóspassandoumavidabemfazendocompanhialeaisemumauniãoeupravocêevocêpramimetudoquevierélucroetudoquenãodernãodeupratudoexistiráconversaavidanãoémarderosasmasatravessaromaremressacajuntosésempreumaboaformadenosparoximarmosmaisporquedepoisdevocêmeumundotemmaissentidoseentãoentenderseráprasempreumasoluçãojamaismaisfáciléporémmaisplausívelnessemundodehojeachoqueéassimquefazprateramanhã

sábado, 17 de maio de 2014

Destino: Palavras

Palavras
Quando soltas
Tem destino
Atmosfera
Seu- Meu - Seus - Nossos
Fatiada... Psiu.... Fatigada...
Xiiiii
Palavras mastigadas
Não correspondem a razão
Um beco
Um poste
Uma lâmpada quebrada
Um sino sem igreja
Um plástico bolha perto do trilho do trem
Um vento
E um rosto
Você parece sorrir
E eu pareço esperar
Você parece esperar
E eu pareço esperar
Eu pareço esperar
Você parece dizer algo
Se for eu te amo
Meu corpo apazígua
É
Minutos
Passados trem
Viagem vai
Volta e tem
Mais
De novo
Vem
De volta
Vou
Meu querer
Não vê
Só faz
Teletransporte
Telepatia
Segundo
Ao lado
Pronto-prático
A sós
E nada significa
Mais
Que os lençóis
Em que nós
Juntos
Estamos sobre

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Em algum lugar

Numa noite adormeço
Num dia amanheço
Nas nuvens viajo
Nas estrelas escrevo
No sol eu me aqueço
No mundo da lua
Na lua me encho
No céu meu voo
No mar meu nado
No nada, nada
Na estrada caminhada
Na luta prontidão
Na escada sobe-desce
No carro direção
No espelho, espelho meu
Nos bares drinks bons
No apelo um disparate
No ouvido um bom som
Nas costas experiência
Nos fatos constatação
Na saída placa de exit
Na janela só tem vitrô
No sofá um gato triste
Na ladeira elevador
Nos primeiros alguns minutos
Nos primórdios o verbo e a luz
Numa rima palavra boa
Numa rima contradição
Numa rima a fúria e o som
Num jardim flor
No amor você
No final créditos


sexta-feira, 9 de maio de 2014

Boa noite

Eu
Queria ter
Um salto biônico
Um poder super sônico
De te alcançar em 1 segundo
Te dar agora os meus braços
Perder meus dedos no seu cabelo
Cobrir você de beijo
E te fazer dormir
Por um momento
O que mais faz diferença
É a possibilidade
Da minha boca perto do seu ouvido
E eu podendo dizer sussurrado
Boa noite, eu te amo

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Por ser você, te amo

Preciso escrever um poema de amor na raiva
Exorcizar o desentendimento
E reforçar ainda assim
Um alinhamento, um coração
Afinal, meu amor não é de superfície
Vai além de uma razão
Meu amor não em si consiste
Em amar com condição
Sou pedante
Sou piegas
Bem como quem ama sabe ser
Ao te dizer te amo
Ponho meu corpo todo em prontidão
Todo jeito
Todo verso
É por pura devoção
Te amo nas rusgas
Te amo na distância
Te amo de corpo presente
E ausente te amo ainda mais
Na raiva, te amo tanto que passa
No amor, amo até quase sufocar
Amo na ideia de que por você eu faço tudo
Na descoberta de um sentido pra vida
Na desordem dos sentimentos
Te amo pela tua companhia
Pelo teu falso descaso
Te amo pela imagem que almejo
A de dois velhos felizes de mãos dadas numa tarde de sol
E por mais que eu nem procure a poesia
Ela brota desse amor
É simples e fluido
Tudo entoa sem barreira
Porque eu te amo pura e simplesmente
Por você ser você



sábado, 3 de maio de 2014

De quando eu me forço corajosamente a encarar a realidade

Ter coragem
Mente sã
Consciência
Paciência
Dalai
Da lama
Sair
Por que entrou?
Ações e reações
E cadeias
Em cadeias
Encadeando o que vai vir
Equilíbrio
Dentro e fora
E tudo que é bonito permanece
Tudo que é amor volta
Tudo pode ser melhor agora
Todo pensamento deve ser
Daqui pro amanhã
Todo aperto de peito
Pode ser de fome
Mesmo que essa fome
Seja de amor
Toda experiência é uma graça
E todo sentimento
Uma flor
Parece firme esse poema?
Tem vontade
Quer firmeza
Requer vontade própria
E o entendimento necessário
Pra saber levar assim
Otimismo, palavra.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Caminho pra onde?

Preciso
Do que é preciso pra entender
Não respirar teu ar
Tem vida
Alguma forma de sobreviver
Destituindo
Essa extração
Destino
O meu
À você
E tua vida fica incerta
Na minha vida
E minha voz
Fica presa
Na tua garganta
Ferida
Não tem mais nada
Que a cura cure
Tem teu olhar formando meu solo
Teu espaço
Meu momento
Minha reserva
Teus segredos
E medos
Esses sem dono
Do mundo

Reservei este espaço para escrever uma prosa. Repenso. Palavras nunca antes me disseram tão pouco sobre mim mesmo. Palavras antes, meu escudo, agora, meu veneno, cujo antídoto não pronuncio mais. Fui treinado pra pegar o pouco que eu tenho e transformar em muito, mas do zero não me agrada mais. Interessado em escapar a salvo eu tento recorrer a imaginação, treinar meus dons, mas seguro em algo que não me permite agir. Aquela escapatória clássica não é apresentada, nenhum aviso de a saída é por ali se coloca em frente o caos, não há portas com barras de segurança aqui. Algumas alavancas servem apenas para fazer o pensamento chegar ao mesmo lugar de onde ele nunca sai, um pensamento sôfrego por um olhar, como fome, como se fosse devorar o momento. De repente, não mais que um piscar desse olhar, está tudo apresentado e por um minuto você pode pensar que tudo começa a ficar sem sentido, mas não se trata de direção, no entanto, talvez seja sua a razão. Temo. Posso ter frio nos braços. O frio no colo. Tua música explodindo um déjà vu cínico de esperança nos ouvidos. Teu sorriso produzindo um delírio. E teu toque. O teu toque. O teu toque indefensável, tuas células nas minhas, teu calor e tua presença, me envolvem como uma avalanche e quando saem de mim, provocam aquilo que ainda não sabemos o que é. Pra onde mesmo que caminha aquilo que a gente não sabe o que é?



sexta-feira, 25 de abril de 2014

Como terminar um poema de amor

Será que vai?
Será que vai ver?
Quando escrevo
Todo o tempo é pra você
Quando penso em letras
Letras são a sua cara
Elas saem soltas
Nuas
Elas são
Bem mais que tuas
Uma declaração
De amor
Será que vai ter?
Festa no coração
Dias de paz
De mais
Paixão
Demais afetos
De compreensão
De certo
Passo a passo
Descobrindo o pra sempre
São tantas palavras pra dedicar
Tantas músicas
Tantos desejos
Tanta coisa que eu quero te dar
Que a vida vai fazendo forma
Vai virando plano
E esse amor que eu tenho em mim
Fica cada dia mais inteiro
Como um poema de amor
Que acaba
Sem ter fim

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Volta logo

Por que não passa a hora agora
Eu aqui
Você aí
Tão longe
Antes
Tão perto 
E tão longe
Momento
O meu medo 
Minha vontade de passar
Meu desespero de hospital
Cadê alento?
Cadê ciência?
Você não chega
Eu me apavoro
Entre passos
Barulhos
Corredores
E boletins médicos
Exagerado? 
Talvez
Mas nada é mais importante agora
Que te ver aqui
Deitadinho
Quentinho
Com mimos
E um sorriso
Que diz
Tá tudo bem
Volta logo

domingo, 20 de abril de 2014

Nunca mais

Faz dois dias que eu não choro
Não porque eu não quero
Mas sim porque não posso
Estou letárgico
No automático
Fingindo
Não sou bom ator

Eu perdi o amor da minha vida
E isso preciso considerar
Errei com ele
Como jamais havia errado

Dessa injustiça eu não consigo me separar
Sempre tão justo
Sempre tão são
Sou agora um Sísifo
Rolando uma pedra
Olhando uma pedra
Rolar até o chão
Descendo a montanha
Subindo a montanha
Consiste nisso a razão

Daqui sei
Nunca mais
E isso é promessa
Juramento
Erro assim com alguém
Não suportaria mais uma vez

sábado, 19 de abril de 2014

Excerto

"Sonhos metafóricos
Eu estava com a psicóloga
E tinha um relógio
Parado
Daí fiz um acordo mental com o relógio
Se fosse para eu ficar com você
Ele funcionaria
Dai fechava os olhos
E pensava coisas boas
Ele funcionava"

(B.J.F.)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

O cansaço não me venceu

Não sei mais o que fazer
Sinceramente
Não sei mais meu coração
Eu tento
Mas não consigo virar a página
Minha felicidade está doente
Não tem espaço pra pensar em novo amor
Sei que o tempo faz passar
Mas que tempo esse que não passa
Temo
Nunca passará
Não tem jeito
É um sacrifício
Desesperançado
Fica a certeza
De que perdemos muito
Sem nós dois
Orgulho
Perdão
Nem depois
Parceria
Missão
Pra amanhã
Mais nada
Te perdi de vez?
Aquele imenso amor
Se foi de vez?
Era imenso mesmo?
Um amor capaz?
Eu sei que é
Ou era
Pensei que eu fosse passar ileso pela vida sem carregar um grande amor
É que nos últimos tempos eu achei que esse amor estaria comigo pra sempre

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Tanto amor naquele abraço

Ontem eu conversei com Deus
Na minha oração tinha você e eu
Pedi pelo futuro
Um sinal
Aviso
Pedi pra saber do destino
Junto ou separado
Seguir, mas pra qual lado?
Dormi
Sonhei
Casa da sua família
Eu lá meio abalado
Acolhimento
No seu quarto
Na sua cama
Dormíamos
Abraçados
Tinha tanto amor naquele abraço
Deus!
Exclamei já acordado
Meu corpo estava leve
Minha alma descansada
Chorei
Tinha tanto amor naquele abraço
Que eu chorei
De tão real
Peguei o telefone
Mas a coragem não veio
Não veio
Botei até Deus no meio
E me parece que Ele é a favor

terça-feira, 15 de abril de 2014

Amor ou nada

Nunca chega?
A estrada é longa.
Tem combustível pra chegar?
Tem.
E se eu quiser descer?
Um carro vem atrás e pode te levar.
Mas, e se isso não acontecer?
Talvez você tenha que seguir sozinho pela estrada até achar um lugar onde você possa parar.
Isso me apavora.
A mim também.
Que garantias temos que vamos chegar juntos?
Nenhuma. No final das contas isso me parece ter mais a ver com vontade do que com qualquer outra coisa.
Você pode encostar um pouco?
Posso.
Me permita abrir a porta, sair do carro, sentir o que tem lá fora e ver você se distanciar lentamente. Mais devagar, bem mais devagar.
Me permita dar ré, abrir a porta, te por pra dentro.
Me permita entrar de novo.
Estava frio.
Muito.
Eu sou calor.
Me aquece calor.
Eu te aqueço.
Esse espaço da vontade fica entre o carro e toda a estrada pela frente.
Fica. E os olhos sempre nela, na estrada, à frente, adiante.
Do que mais mesmo um homem precisa?
De nada?

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Me

Me rechaça
Me pirraça
Me destrói
Me magoa
Me pragueja
Me fere
Me joga na cara
Me critica
Me fode
Me zomba
Me faz de gato
Me faz de sapato
Me usa
Me pisa
Me culpa
Me odeia
Me esfola
Me bata
Me execra
Me bloqueia

Mas volta pra mim

domingo, 13 de abril de 2014

Temos nosso próprio tempo

Somos novos
Mas tão certos
Somos juntos
Um dar de mãos
Somos grãos
Sementes
Pequenas árvores
Entre podas e frutos
Colheita
E seca
Estiagem
E safra especial
Somos o não que é sim
O não que é talvez
Que é não, mas...
Juntos somos fortes
Firmes
Convictos
Teimosos
Somos tão jovens
E já amamos assim


Largo tudo




Largo tudo
Se a gente se casar domingo
Na praia, no sol, no mar
Ou num navio a navegar
Num avião a decolar
Indo sem data pra voltar
Toda de branco no altar
Quem vai sorrir?
Quem vai chorar?
Ave maria, sei que há
Uma história pra contar

sábado, 12 de abril de 2014

Futuros Amantes


Não se afobe, não

Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
                                                                Milênios, milênios no ar

Yin Yang

1 - Sua ligação diária
2 - Sua admiração pelo meu trabalho
3 - Seu beijo
4 - Nosso sexo number one
5 - Nossa telepatia
6 - Seu sorriso ao me ver te esperando na garagem na saída do seu trabalho
7 - Seu sorriso em qualquer circunstância
8 - Sua mãozinha linda
9 - A minha fungada de cachorro no seu cangote
10 - Nossas DR's intermináveis construtivas
11 - Nosso respeito aos nossos limites
12 - Nosso Reveillon em Araçatuba
13 - O som do trem que corta a cidade e o nosso coração
14 - Os seus olhos sérios
15 - Seu amor sincero
16 - Sua teimosia
17 - Seu orgulho
18 - Sua insensatez
19 - Seu ciúmes sem motivo
20 - Sua impaciência e ansiedade disfarçada de "eu funciono assim"
21 - Suas verdades vingativas
22 - Seus ataques de raiva
23 - Seu cabelo quando corta demais
24 - Seu pratão no vegetariano
25 - Sua eventual falta de otimismo
26 - Nossos desencontros
27 - Nosso tempo perdido
28 - Nosso natal separados
29 - Suas exigências
30 - Sua rapidez certeira de atingir o meu ponto mais fraco

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Não teve um só dia que eu não sonhei com você

Não teve um só dia que eu não sonhei com você
Descubro agora como é conviver com a dor
Me aterroriza saber que a outro alguém você se entrega
E me desespera cada vez que eu me forço a o mesmo fazer
Supus felicidade no teu nome
Brinquei de amar tardio e sucumbi
Perdi meu brio, sonho, conduta em meu tropeço
Faltei com o que seríamos e não será
Confesso ser bem mais que um desafio
O espaço tempo, a distância, atravessar
Tão certo o amor se vai no meio fio
Um passo errado é escorregar
Diante do amor o impossível
É má palavra a se pronunciar
Não se adiante no teu rio
E saiba que o rio vai dar no mar
Você me fez o homem mais feliz
Não tenho saída
Só posso mesmo chorar
Não consigo em outro abraço
Não consigo em outro colo
Não consigo em outra vida
A cada vez que eu tento
Morro um pouco mais
Não teve
Um só dia
Que eu não sonhei com você

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Explicação para saudade súbita

Não tem
Mesmo que haja força
Mesmo que vontade eu tenha
Ela vem
Uma furtiva lágrima
Desce rasgando a fronte
Promove um desespero sútil
Recorre meu pensamento
Me assola
Sinto raiva de mim
Sinto pena de mim
Sinto miséria
Nada a ver com beleza
Eu procuro
Eu acho
Eu desvendo
Eu me machuco
Também não moro mais em mim
Eu tento
Mas seguir é uma subida íngreme


ps. Essa canção nunca fez tanto sentido. Agora eu tenho motivo concreto para não gostar dela.




terça-feira, 8 de abril de 2014

É mais difícil quando acordo

Não que eu vá esquecer
Não que a manhã não me doa
Mas tem hora que é preciso
Respirar fundo
E suportar
A pratica vai justificando
A teoria
É tempo de dar tempo
Ao tempo
Em tempo
Tudo se dá

sexta-feira, 4 de abril de 2014

(Não) acabou

Não tenho coragem de voltar aqui
Ainda dói tanto que eu nem ouso escrever
Essa morte por dentro
Perdura
Tento
Mas isso é muito sério dentro de mim
(Não) acabou

segunda-feira, 31 de março de 2014

Te espero

Eu acordei te amando mais
Eu sei
É foda
Mas eu cada vez te amo mais
Te amo mais do que ontem
E ontem te amei mais que anteontem
Sou feliz por esse amor
Com o tempo ele se ajeita
Se acerta no meu peito
E supera tua falta
Mas não morre
Não morre amor
Te espero

domingo, 30 de março de 2014

Não gosto da palavra impossível

Eu desidratei de amor
Esvaí
Nem soro
Nem antídoto
Meu remédio
Tem nome
Amar nunca é impossível
Nunca mais também acaba
Até ser pra sempre

Respiro

Ok
Olhei pela janela e respirei teu nome
Senti que o vento não era de boa notícia
Resisti confuso
Respirei de novo
O2
Respirei resoluto
Esquecendo
E lembrando
Inspirando
Expirando
Que ideia mais maluca
Por que as coisas assim se dão?
Num momento a gente vive
E no outro foi tudo em vão
Eu sei que os dias vão
Passar
Eu sei que a frente tem alguém
Mas o aqui e agora
É um lago denso
Difícil de atravessar
Meu espanto é teu poder
Tua força, teu não
Tua resistência
Tua opinião
Tua falta é CO2 dentro de mim
Preciso expelir

sexta-feira, 28 de março de 2014

Saudade

Saudade
Você me bate assim tão de repente
Que coisa
Sente
Esse meu coração
Você me comprime o peito todo
Eu fico louco
Só penso
Repenso
Eu penso outra vez
Meu corpo que pede
Minha intenção que eu reprimo
Não há ligação
Não há mais sua voz
Não há mais a vida
Que eu gostava de cuidar
O que vem depois do amor?
Pra onde vai o que acabou?
Existe um mundo outro
Propostas outras
De um mundo outro
Onde todos nossos momentos lindos
Acontecem sem parar
Saudade até desse lugar
Inventado
Saudade de lá

quinta-feira, 27 de março de 2014

Um som do bem

Até pensei
Que eu demorava pra voltar aqui
Quase sonhei
Mais um barulho me fez despertar
E era o trem
Das madrugadas todas de amor
Um som do bem
Que eu juro nunca mais vou esquecer
E passa o trem
Passa e vem, passa e vem, passa e vem
O som do trem
Um som do bem
Passa e vem
Até parar
Pra carregar
Um estoque de amor profundo
Pra uma viagem ele fazer
Vai percorrer por todo o mundo
Até no porto ele chegar
Lá onde o mar encontra a terra
Onde é tão fácil de me achar
E eu de lenço acenando
As boas vindas quero dar
Ao trem que chega buzinando
Anunciando
Um desejado desembarcar
Estou esperando
Mesmo que possa demorar
Passa e vem
O trem
E um som do bem

O bloco do imenso amor

Não vou parar
De escrever
O meu amor por você
Você me faz
Compreender
O que é viver

Lindo demais
É lindo demais
Um amor assim
É demais
É lindo assim

Muito e bem mais
Posso dizer
Todo esse amor
Todo em você
Pra você
De você

Eu quero mais é ver passar
O bloco do imenso amor
Pra quando na tristeza eu tiver
Lembrar que existe paz, alegria
Alegria, alegria, alegria..

E quando tudo
Voltar ao normal
Desejo tudo
Que o normal pode ser
Tudo que pode ser
Tudo que podemos

Como aquilo que está

Vou transformar em poesia
Esse imenso amor que eu tenho em mim
Eu quero lidar com fantasia
Com essa paz que não fazia
Mais meu coração
Você deixou tudo bem claro
Apaziguou minha emoção
Não que antes eu já não soubesse
Mas seu sorriso chancelou
Aquilo tudo que vivemos
Que foi tão bom e foi real
Eu te agradeço muito mesmo
Por ter me amado sem igual
Hoje não faria sentido cantar
Se não fosse pra você
Cartas e memórias
Vão se aproveitar
Do que eu sinto por você
Que o nosso amor perdure
E a alma queira bem
Que essa história continue
Quem sabe
Eu não sei
Se for pra pensar eu penso agora
Que algo pra mim não terminou
Apensas ficou lá no cantinho
Onde esse samba começou
Você é bem mais que especial
Foi você que me ensinou amar
Deve ter nesse mundinho
Um pouquinho de explicação
Pra essa coisa de coração
É difícil terminar
E seguir
E sentir
Não está a tua mão
Sobre a minha cabeça
Não está o teu perfume
Pregado em minha roupa
Mas está
Está
Ah Está!

terça-feira, 25 de março de 2014

Assim assim

Sabe que pra não perder o hábito
Eu habito essas palavras
Como bem você me sugeriu
Dias cinzas ficam claros
Ficam cinzas
Depois claros
E assim eu sigo
Assim eu sou
Sem colo

domingo, 23 de março de 2014

Desce a opção nada

Já tive decepções galopantes
Já estive em roubadas assim
O meu amor lavou de sangue o chão
Quando eu ouvi que não
O que era se acaba
O que foi se foi
Tem mais que uma palavra
Que descreve o terror
A luz que se apaga
O preto é um só
Mas não demora não
Eu vejo o horror
Não me interrompe não
Gritar até dói
Não se assusta não
Pode um grito pra dentro
Ecoar mais que tudo
E fazer um barulho
Mais cruel, desamor
Não importa nada
Nem grito
Nem escuro
No seu ouvido surdo
Nada mais chegará
Meu afeto docinho
Minha voz
Meu eu

domingo, 16 de março de 2014

Um amor (per)feito

Um amor feito o meu
Não se descarta não
Tem mais do que eu
Nessa separação
Tem dias inteiros
Muita solidão
Somos passageiros
Mas, não no mesmo vagão

Um amor feito o seu
Não é de descartar
É a coisa mais linda
Que alguém pode provar
É que a tua riqueza
É o teu imenso amor
E essa tua nobreza
Te faz encantador

Se alguém perguntar
Comece sem temer
E se acaso hesitar
O tempo vai dizer
Que estamos suspensos
No ar do amor
E de lá bem do alto
Nada se acabou


O amor feito em nós
Desatará

terça-feira, 11 de março de 2014

Construção

É praticamente impossível entender
Como é que tudo isso veio parar aqui
Dentro de mim
Eu perseguindo um destino
Eu progredindo nos levels
Eu por aí
Sem eu saber
Sem ninguém saber de mim
Tem ruas
Tem vias
Tem tempo
Cúmplices de um mesmo sentido
É praticamente possível
Se ver sem ser de espelho
É mais
Que simplesmente entender
Eu não sei mesmo o que vem a seguir
Eu não sei mesmo não sentir
Um pavor lá no fundo
No fundo, no fundo
Sou medo também
Profundo coragem também
Dentro de mim
Espaço que o tempo é agora
Quando é hora não atrasa pra ver
Tem muitos momentos não nítidos
Daqueles para acontecer
Que são
Uma parte
Pedaço, mais um
Da construção desse andar

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Essa falta muda tudo

Se quer saber se eu sinto a sua falta
Eu sinto muito em senti-la tão em mim
Tem cores cruas habitando meus sentidos
Tem dias frios nesse verão, Rio, fevereiro
Comigo mesmo que eu me encerro todo dia
Comigo sempre eu aprendi a me virar
Mas quando o assunto vira e mexe me devora
E impossível fica mesmo não pensar
Quando a distância me inspira a te escrever
É que eu percebo muito mais o amor em mim
Não que pra gente isso fosse um segredo
Mas essa falta muda tudo
Essa falta muda tudo
Essa falta muda tudo
E eu emudeço, mudo tudo
Mudo tudo
Tudo mudo nesse coração

de nascer

quem quiser  quem for ver vai dizer que o tempo passou voando não vai mentir vai sentir um vento na cara, natureza talvez sorrir parece que ...