sábado, 24 de novembro de 2018

Rasgar, jogar no lixo

Não mexo no seu
Não mexo com isso
É isso que mexe comigo
Exige de mim
Menor esforço
Pra me descontrolar
Não mexo lá não
Evito mais morte
Refuto
Pelejo
Um dia a mais na conta
Uma hora a mais de fim
Passei da poesia otimista
Para um autorretrato fatal
Quanto mais aguça minha angústia
Mais soluço, me esmiúço
Soletro teu nome
Te peço em casamento
Começo no passado
E termino aí por dentro
Já sou um fantasma
Eu mesmo me assombrei
Ao passo que
Não sei que passo dar
Não reaprendi
Fantasma!
Me reconhecem



quinta-feira, 22 de novembro de 2018

De dentro do avesso

Alcoólico
Padeço
A mim
Não pareço
Acho que mudei
Atualizei
Versão
De não conheço
"Coisas sagradas permanecem"
Permaneço
Fragmentado
Avesso
Remédios
Médios fins
Bebidas
E vindas
Perenes
Não tem mundo em volta
Tem supor
Estratégias de sobrevivência
Era uma vez uma vida
Que eu desenhei
O traço todo meu
Delineado
Mais um dos personagens que criei
Criou
Vida
Nao se sabe quem é (foi) marionete de quem

domingo, 11 de novembro de 2018

Por vezes boas visões, por vezes nem tão boas assim

Então prisões
O que fomos
O que seremos
Então visões
Do que somos
E o que não vemos
Sabendo o melhor que podíamos
Ter sido, mas nos escondemos
Agora tramou
Está tecido
A história
Boa história
Não vivo
Generosos
Ou
Enraivecidos
Rancorosos
Ou
De orgulhos feridos
É memória
Imaginação
Aquilo de deixar o amor da vida passar
Aquilo de perguntar se amar iria outra vez
Aquilo de cuidado ou cuidar
Universos finitos?
Talvez
Suavizando
Sua visão
A única coisa que expulsei
Foi a mim mesmo
De mim mesmo
O eu que sonhava
Do seu lado


de nascer

quem quiser  quem for ver vai dizer que o tempo passou voando não vai mentir vai sentir um vento na cara, natureza talvez sorrir parece que ...