segunda-feira, 30 de julho de 2018

Encabeça

Cuide da cabeça
Eu vou cuidar também
Eu vou curar você
Vou rezar forte
Cure sua cabeça bem
Não caia na armadilha
Conheço teus meandros
Ficção é invenção
Já a vida é uma só
Eu sei que tudo bem
Olhar lá longe foi
Mas tudo o que está
É grito pra dizer
Cuide da cabeça
Não deixe que te bote a mão (nela)
Do jeito que botaram em mim
Do jeito que cê não gostou
Parta pra essa força além
Não creia que se reinventou
Já estava burilando aí
Partir, ficar, também é resistir
Que pena bem
O mudar dessa tanteza
Respire, pare, olhe, veja
Se encabeça

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Sete e vinte e sete Ante Meridiem

Vou purgar no palco
Este malogro
Talvez

Esse sei lá
Que a tua coisa
Me dá

É que é
Desânimo
Estupidez

Não presta
Não vale
Sim

Porque escolheu sentenciar-se de morte em você

Mas rouba teu sono
Inverte os ponteiros
Transita

..................... rastro

sexta-feira, 20 de julho de 2018

O que foi que aconteceu?

Cair da tarde
A ficha
A impressão
Se apartar é ir
Concluo estar
Caminho
Versos oriente
Falas somem vãs
Tomo apagado
O teu chá de amanhã
Gosto de tempero
Foi o meu no teu
Transito pelo lado
O que foi que aconteceu?
Amparo o meu silêncio
Na mesma mão
Que ainda encabulado
Te senti
Um dia
E a história é uma falácia
Que já podemos inventar
Já memória
Há memória

Tanto termo
Tanto eu
Ir se apagando?




segunda-feira, 16 de julho de 2018

Escorpiou

Tá dito não
Escorpião
De verde
Varrido
Chutado
De fora
Amá-la
Como quem envenena
Retina
Como quem lhe pica na...
Surdina
Como o bonde, o bus, a lotação
Daquele corpo só
Daquele vão
De caber tanto tempo pra passar
Quem sabe ela não fosse dispensar
Amar
Amar
Que boca envenena
Ou envenenará
O sentido
Sentinela
Dolorido
De fenda temporal
Lugar disfuncional
De e para o olhar
Olhar
A moça, peçonha
A bota, um vagão
Entrava-te adentro
Jogou-a no chão
Mas não
Sono
Tempo
...
E não passou
Teriam sido apenas frivolidades
Como quando alguém emprega essa palavra tão frívola






sábado, 14 de julho de 2018

Você não deu valor. Será mesmo?

Vale
Pensar um pouco mais
No teu valor
Em quem te deu
Quem mereceu
Se foi você 
Ou se fui eu
Não tem lado
Que sustente
Um mantra mal
Repita cem vezes
Repita pra acreditar
Repita-se
Repete
Torna a repetir
Repete assim que é bom
Repete pra escapar
Repita muito
Repita-se inteiro
De uma repetência peculiar
Quem sabe tudo suma
O todo feito
O que houve de bom
Repita
Vale a pena acreditar
Na sua versão
A que você cria
Vende
E vê 
Quem compra?
Quem não te conheça

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Trégua

Que quando o desalento
É desespero
Que a ansiedade
Vira choro
Que a saudade mata
É como
Morte
Mas não
Você não morre
Você me invade
Tua luta não devia ser contra mim
Ninguém é tão errado assim
Tem sempre um pouquinho de nós
Em tudo que erra, em tudo que
Humana
Mente
É
Sabe bem
Eu sou quem mais te quer
Bem
Tem em mim
Um incansável, um guardião
Se a tua solidão me acusou
A minha me ensina a ver
Quantos cegos cabem entre nós dois?
Quanto inquérito!
Caça o bruxo, que sou eu
Culpado de tudo
Mereço fogueira
Mas não queimo, sou frio
Sofreu
Mas se um grande amor não resiste
Não existe?
Amor é uma atitude
Desistir
É não ser




de nascer

quem quiser  quem for ver vai dizer que o tempo passou voando não vai mentir vai sentir um vento na cara, natureza talvez sorrir parece que ...