segunda-feira, 8 de junho de 2020

Drama de martírio

Eu me abro
O que importa?
Eu me abro
Por que não?
Quando você prova
O lugar vazio
Você faz qualquer coisa
Aceita humilhação
Passa em cima de si
Se arrasta
Implora
Se curva
Vai ao chão
O tempo passa
E você não 
Se reconhece mais
O tempo se afasta
E já tanto faz
São dramas de martírio
Meus atos
Enlouquecidos pra ser
São séculos
A aparência
São ecos
Que não parecem querer
Deixar de durar
Reverbs precisos
Espraiando o que é
Apenas é
A inglória diária
Não existe mais
O eu que um dia conheci

sábado, 6 de junho de 2020

se tiver

Conta os passos
De degrau em degrau
Sobe um, desce um
Sente

é um nózinho laçado
um pontinho por dentro
de tão pitico
chega ser levado com vento

tão imensa beleza
toda capacidade de cor

nunca vi mais bonito
nunca existi pra ver

o dia em que eu vi o cristo
foi de um Rio revelador
brilhava os meus olhos dormidos
a luz divina, o redentor

o dia que toquei no cristo
um choque a alma me tomou
pedi como se pede a vida
a vida fez que tudo andou

se eu rezar
terei levado a cabo
uma total contradição?

como permanecer fim
nesse meio tempo?

como permanecer meio
nesse fim de mundo?

como ler o meu tempo?
como não roubar frase?
como dividir você com a morte?




de nascer

quem quiser  quem for ver vai dizer que o tempo passou voando não vai mentir vai sentir um vento na cara, natureza talvez sorrir parece que ...