quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um frasco de inveja e raiva

A inveja é a vontade
De ter o que não é seu
O ciúme é o medo
De tomarem o que é meu
          (Vanessa da Mata)

Eu invejo os livres
Os loucos
Os desapaixonados
Eu invejo os invejosos
Os inescrupulosos
Eu invejo a água porque é líquida
Invejo o egoísmo
E o vizinho quando o ouço amar

Não me interrompa agora
Eu não sei dizer porque,
Mas se me parar assim
Vou só incorrer no erro
De viver invejando isso

Estava escuro e a grama sob meus pés descalços estava molhada do sereno. Caminhei em linha reta e naquele momento eu sentia que caminhava sem rumo. Caminhei sem rumo por uma linha reta, por uma estrada, ninguém aparecia. Não me importei, eu apenas continuei. Olhei pra trás e ainda podia ver o pisca alerta do meu carro, caminhei mais, caminhei até abandonar aquelas luzes e fiquei apenas comigo. Ninguém passou, ninguém passou, ninguém.

Se me apazigua o coração falar,
Porque me escondo tanto
Em minha voz?
É certo que gosto de música
É certo que gosto de Sísifo
Ou me sinto um pouco assim
Quando perco um pedaço de esperança

A raiva passa
A inveja também

Fica eu




2 comentários:

H disse...

É tão interessante como nossos sentimentos se cruzam com o passar dos dias...vira e mexe, alí e aqui, estamos nós, compartilhando sem saber dos mesmos sentimentos. Mas se formos pensar bem, ainda bem que podemos sentir.
Amo.

Vitor disse...

Gostei da mistura de estilos. E dos conceitos. São tão familiares quanto desconhecidos né?

de nascer

quem quiser  quem for ver vai dizer que o tempo passou voando não vai mentir vai sentir um vento na cara, natureza talvez sorrir parece que ...