domingo, 5 de setembro de 2010

Você, por aqui?

Aos poucos passa
É só gritar
Aos poucos para
É só querer
Se eu não te disse
Que eu sofro
Foi pra não
Me envergonhar
Da tua presença
Imprevisível
Da tua face mutante
Que inda me faz titubear
Nestes momentos que não se pode evitar
O melhor é levar o tempo nas costas
Soltar o freio da insegurança
E pedir que amanhã eu não desgele
O melhor que se tem a fazer
É extrair o limo da paredinha da cara
Umedecer os lábios com maçã ou pera
E esperar, porque
Aos poucos passa
É só gritar
Aos poucos para
É só querer
Se eu não te disse
Que eu sofro
Foi pra não
Me envergonhar
Da tua presença
Imprevisível

2 comentários:

H disse...

Mano...vô tomá banho...

Carol! disse...

Nossa, muito bom!
Começo a perceber qeu estamos num tempo semelhante... (ou não? rs...)
De qualquer forma, sigo os conselhos do seu poema.. acho que no fim é isso que todo mundo faz ou tenta.
Da mesma forma como a gente tenta estancar uma ferida, curar um machucado... e assim vai... até que a gente só olhe pra cicatriz e olhando de novo, doa.
Brigada pela visita!
Também gostei muito do seu modo de escrever!
Voltarei!
=)

de nascer

quem quiser  quem for ver vai dizer que o tempo passou voando não vai mentir vai sentir um vento na cara, natureza talvez sorrir parece que ...