domingo, 3 de novembro de 2019

Supre o teu desejo

Supre o teu desejo
Tuas mentiras
Teus caprichos
Em outro beijo
Mas vive
O imprevisível
Vive acossado
Pesadamente
Anos roubados
De mim
Sofre mais que ninguém
Sustenta
Provém
O que não quer dizer que nunca mais me olhou
Semana passada pensei nesses senãos
Já a partir dessa
São
Apenas coisa-solta-perdida-aqui-por-dentro
Onde foi mesmo que deixou a chave mestra cair?
Perdeu em tuas mitologias
Deixou pousar no fundo de um poço
Cedeu a si mesmo e à sua antipatia
Quem culpa agora?
Quem não faz tua vida andar?
Já que antes cancelou felicidades
O que será que hoje anda a cancelar?
Não importa
São papéis picados na ventania
Jogados de um arranha céu
Lá embaixo estive muito
Tentando pegar pedaço por pedaço
Pra montar o quebra cabeça
Da tua omissão



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[tem alguém aqui?]

às vezes eu esqueço esquecer é aquecer a memória descansa e alcança [...] contra o que é racional aquecer esquecer  para aquiescer