Joguei fora o poema
Que trazia de novo
Problema velho, um porre
O amor morre?
A pedra rola
A água molha
O olho olha
O amor acaba?
Você, aí
E eu assim
Sem mudar nada
Tem que significar fim?
Não existe amor depois?
O outro que se instaura
A diferença que converge
O carinho que habita
Precipício?
Amor se apaga desde o início?
Não resta nada?
Memória é vício?
Penso nas formas de me convencer
Penso no desprezo que te obrigo sentir
Não minto, nunca menti
Transparente
Ao ponto de nem saber mais o que dizer
Quiçá aparecer
domingo, 26 de abril de 2020
domingo, 19 de abril de 2020
Dor psíquica
Remexo
As dores
Não porque quero
Faço
Enquanto espero
A lufada de vida
Brisa
Entrar pela frisa
Dela
Uma única
Janela
Pela qual é recorrente
Pular ou tocar
Esse lugar que não é chão
Não é firmamento
É vento
Um oco louco
Maluco de passado
Prisão
Sofreguidão
A saída apontada por ali
Barra a passagem da agonia
E a vergonha apontada na minha testa
Não resta de uma penitência
Mas de uma inabilidade
Afinal, nem sempre se ganha
E tem sido assim
Já não posso pedir
Já não posso lutar
Já não posso rever
E de tanto não poder
É só o que minha cabeça faz
Percorre uma existência
Que já não existe
E mais
Rememora o menor dos detalhes
Me massacra à vontade
Faz isso de mim
Sofre à medida que acaba
Vai se vendo mais triste
Vai se culpando mais
Escolhe o pior que pode
Desaprende o que teve
Mesmo sem a vida ensinar
Desacredita
A ferida foi tão profunda
Que ainda estou aqui
Sangrando
Até quando?
As dores
Não porque quero
Faço
Enquanto espero
A lufada de vida
Brisa
Entrar pela frisa
Dela
Uma única
Janela
Pela qual é recorrente
Pular ou tocar
Esse lugar que não é chão
Não é firmamento
É vento
Um oco louco
Maluco de passado
Prisão
Sofreguidão
A saída apontada por ali
Barra a passagem da agonia
E a vergonha apontada na minha testa
Não resta de uma penitência
Mas de uma inabilidade
Afinal, nem sempre se ganha
E tem sido assim
Já não posso pedir
Já não posso lutar
Já não posso rever
E de tanto não poder
É só o que minha cabeça faz
Percorre uma existência
Que já não existe
E mais
Rememora o menor dos detalhes
Me massacra à vontade
Faz isso de mim
Sofre à medida que acaba
Vai se vendo mais triste
Vai se culpando mais
Escolhe o pior que pode
Desaprende o que teve
Mesmo sem a vida ensinar
Desacredita
A ferida foi tão profunda
Que ainda estou aqui
Sangrando
Até quando?
quinta-feira, 9 de abril de 2020
Se deu, fico feliz
Apita o trem
Venho pra dizer meus parabéns
Apita pra ecoar
Venho pra demonstrar minha alegria
Esse apito, memória
Dizer algo mais
Havia uma moça com as mãos sujas de barro
Ela andava e aos poucos sua roupa rasgava
Ela falava sem conseguir falar
Ela gritava sem conseguir gritar
Mas só você ouvia
Só você via
Havia outra moça tentando acudir
Havia dois bancos pra poder sentar
Havia uma luz bem forte
Não sabia se era sol se era fogo
Havia e nada mais
Teu pé me apareceu ao fechar os olhos
Tua mão me apareceu ao abrir
Cada milímetro teu gravado, aqui
Depois eu vi você andar
Depois eu vi você pegar com a mão
Aquela mariposa na minha cabeça
Daí desapareceu a moça do barro
O grito saiu
A fala saiu
Eu vi o que eu sempre quis ver
Se deu
Fico feliz
Fico feliz
E o desencontro que essa felicidade me põe
Eu movo
E do consolo que é esse tempo pra passar
Eu morro
Te quero tão bem
E te amo tanto
Que chega ser uma covardia comigo mesmo
Mas fico feliz
Fico feliz
Venho pra dizer meus parabéns
Apita pra ecoar
Venho pra demonstrar minha alegria
Esse apito, memória
Dizer algo mais
Havia uma moça com as mãos sujas de barro
Ela andava e aos poucos sua roupa rasgava
Ela falava sem conseguir falar
Ela gritava sem conseguir gritar
Mas só você ouvia
Só você via
Havia outra moça tentando acudir
Havia dois bancos pra poder sentar
Havia uma luz bem forte
Não sabia se era sol se era fogo
Havia e nada mais
Teu pé me apareceu ao fechar os olhos
Tua mão me apareceu ao abrir
Cada milímetro teu gravado, aqui
Depois eu vi você andar
Depois eu vi você pegar com a mão
Aquela mariposa na minha cabeça
Daí desapareceu a moça do barro
O grito saiu
A fala saiu
Eu vi o que eu sempre quis ver
Se deu
Fico feliz
Fico feliz
E o desencontro que essa felicidade me põe
Eu movo
E do consolo que é esse tempo pra passar
Eu morro
Te quero tão bem
E te amo tanto
Que chega ser uma covardia comigo mesmo
Mas fico feliz
Fico feliz
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às vezes eu esqueço esquecer é aquecer a memória descansa e alcança [...] contra o que é racional aquecer esquecer para aquiescer
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Eu continuei, a o som do violino Ao som de mim, m enino Eu vaguei Correndo, e u suei ardendo Em brasa, a seco Em meio, a vastidão Eu cont...
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