domingo, 17 de março de 2019

sempre autorreferente mesmo que não queira

o que podemos?
visto de longe
um modelo de montanha
que parece, me cai bem
visto, sinuosa, silhueta
tanto comum quanto vadio
aquele deslize
doer de mãos
pra esquerda ou direita
perece a mente, o tempo e a atenção
minutos depois
as bobagens para sim e para não
estão
passeio
a passeio
estão
pra sim
e pra não
quantas vezes olhar pela janela?
quantas vezes mirar no futuro?
quantas vezes lutar?
as porras todas estão caindo na cabeça
parece um sol de uma luz que nunca se viu
instrumentos vasculham verdade e poesia
mas não são, não são
repete palavras
articula os fonemas
obedece a uma própria métrica
em vão
se estabelece tanto entre o zero e o nada
que acaba


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