Sempre estou numa estrada escura quando escrevo um poema
Ao lado tem um matagal
Há um farol de carro que ilumina o que eu quero
Às vezes essa luz vira sol
Às vezes não
Às vezes esse sol não tá no céu
E nem no chão
Sou o leito
Os poemas, rios
Descansam em mim
Caudalosos
Até jorrarem
Meus desvarios
Irrompem em palavras
Atravessam a estrada
O escuro
O matagal
Alagam
Entrecruzam
Gravitam
Em direção ao litoral
Sobro eu, estrada, farol
Apago farol
A estrada ali
O escuro e eu
Em minha própria companhia
Até jorrar de novo
sexta-feira, 1 de maio de 2020
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