quinta-feira, 25 de julho de 2019

Dentro

A carta aberta escrita a punho
Some livre pelo mar, corrente a levou
Esquecida e engarrafada
A verdade se escondeu
Partiu pra quem sabe encontrar
O mundo, o fora, pro segredo que guardou
Trancada
E a liberdade em seu sentido tão vão
Foi a oeste, atracou, ninguém a viu
Voltou, circulou marítima
Avistou um marinheiro, não ligou
Ninguém jamais lerá
Não vai extrair poesia
Nem sempre é possível acertar
Não vai achar beleza
Não vai ser uma obra
Não abrirá a garrafa
Não acharão o que disse
Nunca mais


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[tem alguém aqui?]

às vezes eu esqueço esquecer é aquecer a memória descansa e alcança [...] contra o que é racional aquecer esquecer  para aquiescer