A carta aberta escrita a punho
Some livre pelo mar, corrente a levou
Esquecida e engarrafada
A verdade se escondeu
Partiu pra quem sabe encontrar
O mundo, o fora, pro segredo que guardou
Trancada
E a liberdade em seu sentido tão vão
Foi a oeste, atracou, ninguém a viu
Voltou, circulou marítima
Avistou um marinheiro, não ligou
Ninguém jamais lerá
Não vai extrair poesia
Nem sempre é possível acertar
Não vai achar beleza
Não vai ser uma obra
Não abrirá a garrafa
Não acharão o que disse
Nunca mais
quinta-feira, 25 de julho de 2019
quarta-feira, 24 de julho de 2019
Protocolo do teu drama
Toda lama
Embaixo a cama
Um acinte
Uma Afrodite
Acenando pro cortejo lento
Do teu corpo
Teu momento
Fronte destacada
Pelo sangue
Gotejante
Gotejante
Gotejante
O teu amor
O eu amante
O que era e não é mais
A trombeta assoprada pelo diabo
Não altera, não me destrói
Não separa, não resvala
Trepam ali no meio, ao som de gemidos, se desesperam
Correm em direção ao teu direito
Não se dispersam, só se atropelam
Não se conduzem, são ventania
Principia tua má sina
Nos batuques sincopados, tamborins e colombinas
Sambarão tua morte o quanto antes ela se anunciar
Dançam anedotas descartadas de outras cortes
Usam teu perfume separando o bom olor
E se entregam, se sacrificam
Se contradizem
Contabilizam
Não são corpos
É o teu
É só teu corpo
Que já foi meu
Sendo tua a chave mestra que abre as portas do meu eu
Eu entrego uma coroa, mas também a maldição
Seja feliz até enjoar
O teu copo de veneno nem precisa esperar
Já estará pelo teu dentro
De bater, o som que vai ouvir
Começa pela bateria
Termina pela batedeira
A paradinha fica sendo a tua alma indo embora
Dançante, mas aliviada da tua maldade
Sobe junto o teu samba
Mal acabado
Embaixo a cama
Um acinte
Uma Afrodite
Acenando pro cortejo lento
Do teu corpo
Teu momento
Fronte destacada
Pelo sangue
Gotejante
Gotejante
Gotejante
O teu amor
O eu amante
O que era e não é mais
A trombeta assoprada pelo diabo
Não altera, não me destrói
Não separa, não resvala
Trepam ali no meio, ao som de gemidos, se desesperam
Correm em direção ao teu direito
Não se dispersam, só se atropelam
Não se conduzem, são ventania
Principia tua má sina
Nos batuques sincopados, tamborins e colombinas
Sambarão tua morte o quanto antes ela se anunciar
Dançam anedotas descartadas de outras cortes
Usam teu perfume separando o bom olor
E se entregam, se sacrificam
Se contradizem
Contabilizam
Não são corpos
É o teu
É só teu corpo
Que já foi meu
Sendo tua a chave mestra que abre as portas do meu eu
Eu entrego uma coroa, mas também a maldição
Seja feliz até enjoar
O teu copo de veneno nem precisa esperar
Já estará pelo teu dentro
De bater, o som que vai ouvir
Começa pela bateria
Termina pela batedeira
A paradinha fica sendo a tua alma indo embora
Dançante, mas aliviada da tua maldade
Sobe junto o teu samba
Mal acabado
quarta-feira, 3 de julho de 2019
poema detox n1
tanto me faz prisioneiro
a palavra inteiro
o gesto, o fato, o gosto ruim
presa e preso a casa inteira
o medo, a primeira
coisa de não se espelhar
olha e avista o tal modelo
repulsa, afasta, anseio
do que não se quer
do que não fazer
tem se mostrado um veneno
filosofia vagabunda
de(vir) e remeter
mas quantos anos foram
quantos danos feitos
quantos rejeitos
queriaque voltasse belo
uma beleza
concretude e poesia
coisa de alegrar
voltaria o belo bem corrido
bem rimado, bem pensado
mas,
não passam de lixos mentais
mas quantos mais
pra limpar
quantos precisar
quantos
poemas
a palavra inteiro
o gesto, o fato, o gosto ruim
presa e preso a casa inteira
o medo, a primeira
coisa de não se espelhar
olha e avista o tal modelo
repulsa, afasta, anseio
do que não se quer
do que não fazer
tem se mostrado um veneno
filosofia vagabunda
de(vir) e remeter
mas quantos anos foram
quantos danos feitos
quantos rejeitos
queria
uma beleza
concretude e poesia
coisa de alegrar
voltaria o belo bem corrido
bem rimado, bem pensado
mas,
não passam de lixos mentais
mas quantos mais
pra limpar
quantos precisar
quantos
poemas
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Eu continuei, a o som do violino Ao som de mim, m enino Eu vaguei Correndo, e u suei ardendo Em brasa, a seco Em meio, a vastidão Eu cont...
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