sexta-feira, 16 de maio de 2025

Espera

suspenso
no fôlego amargo
do tempo
um turbilhão
de estrago
aqui se deu

o chão ficou movediço
o que era já não era mais
depois voltou a ser
depois voltou a não ser mais

as entranhas falaram
e quando silenciaram
isso também era gritar

que momento

talvez fosse outro tempo
eu pudesse me dar mais
agora não deu

já que a prioridade também é limite
tinha muita coisa em riste
tesa e represada pra resolver

o que era instável se alicerçou
o que era forte ganhou moleza

isso não me dá o direito de dizer
espera!

mas também não me exime de pensar
espera!

mas também não me força a dizer
espera!

ou me obriga a condescender 

Espera

É isso que faz quem quer


Um comentário:

Anônimo disse...

Foi.

parte 2

os tamanhos dos gestos nenhuns são tamanhos assim como os silêncios assim como  em si lê em cios ardendo  em ninguém são tacanhos as caladas...