suspenso
no fôlego amargo
do tempo
um turbilhão
de estrago
aqui se deu
o chão ficou movediço
o que era já não era mais
depois voltou a ser
depois voltou a não ser mais
as entranhas falaram
e quando silenciaram
isso também era gritar
que momento
talvez fosse outro tempo
eu pudesse me dar mais
agora não deu
já que a prioridade também é limite
tinha muita coisa em riste
tesa e represada pra resolver
o que era instável se alicerçou
o que era forte ganhou moleza
isso não me dá o direito de dizer
espera!
mas também não me exime de pensar
espera!
mas também não me força a dizer
espera!
ou me obriga a condescender
Espera
É isso que faz quem quer
Um comentário:
Foi.
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