segunda-feira, 16 de abril de 2012

Antônia


Somente quando eu vi brilhar os olhos de Antônia, pude perceber como a minha presença era desejada. Falar de boca cheia era permitido e sentir o tempo me pertencer era o que de melhor podia estar acontecendo naquele momento. Não se apaziguava apenas a alma, mas sim todo o conceito de existência, alí, naquele lugar.
Antônia, tão velhinha, tão sábia, tão presente em suas comidas e sorrisos grátis. Uma felicidade vivenciada, caprichosa, dentro de uma vida que bem vivida só podia ser alí.
Tive a honesta sensação de estar diante de alguém que vivia dentro da sua própria vida, nada mais.



Nenhum comentário:

assim é

expiração forte impactante que faz meu ar todo sair que faz eu todo sair do ar a próxima puxada lufada talagada de O2 vem com os novos ares ...