Esvaziei por dentro
Gotejei eterno
Me infiltrando pelas frestas
Sem chegar a nenhum lugar
Apenas
Eu contemplei pela janela do outro quarto
A imagem antiga
A mesma da infância
A sete copas da rua abaixo, vermelhinha
Emocionei
Respirei o mesmo ar que eu tinha antes
O que, às vezes, não deixo entrar
Eu sou um ser que compra o inusitado
Eu moro ao lado da minha lucidez
Eu cheiro e choro
Eu leio e fujo
Num pensamento an passant
Eu coleciono subjetividades
As mais subjetivas
Idades, coisas, caixas
E desejos
Eu fico feliz ao ver uma árvore
os tamanhos dos gestos nenhuns são tamanhos assim como os silêncios assim como em si lê em cios ardendo em ninguém são tacanhos as caladas...